Mariza, Tasco da Mouraria
Cresce a noite pelas ruas de Lisboa E os meninos, como eu, foram dormir Só eu fico com o sonho que já voa Nessa estranha minha forma de sentir Deixo o quarto com passinhos de menina Num silêncio que respeita o mais sagrado Quando o brilho dos meus olhos na cortina Se deleitam ao ouvir cantar o fado Meu amor, vaite deitar, já é tarde Diz meu pai, sempre que vem perto de mim Nesse misto de orgulho e de saudade De quem sente um novo amor no meu jardi
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